O tempo enigmático, predador,
impiedoso, acelera, dá sua volta.
Deixa as marcas do seu terror,
sobrando no peito, total revolta...

Um sentimento infindo, intenso,
uma dor incontrolável, perversa...
Uma cicatriz que não se apaga.
e que, ao teu olhar, se manifesta...

Talvez, por sintonia ao presente,
sem guardar mágoas, cobranças,
sobram-nos, tênues esperanças...

A ilusão sonho invade o coração,
querendo, do peito, tirar a solidão;
o vilão tempo, este, não consente...


Ju Lopes & Oswaldo